AMBIÇÃO
Na cadeira tem um
nome
Que é do pai que chega
à noite.
No intenso dia ao fim
Entra vento na
janela.
Se as paisagens são
incultas
E os passos caipiras;
Se é um ensaio de
mundo
Ou um prelúdio,
prematuro;
Eu é que me torno
inteiro
E quero sentar na
cadeira.
Tiro a roupa da terra
e me visto.
Colho a batata
rasteira e mordo.
Numa insistência de
sentir
A abrasadora e
conhecida do estômago fome.
Numa agonia de viver
A encantadora e
procurada do meu corpo nudez.
Em nome de quem é
preciso que te visite?
Com qual interesse
vou olhar o teu rosto?
Já amo cedo e mastigo
carne.
Esculpo pensamento
com a minha mão pequena.
Tenho capacidade de
querer vicioso.
Estou
com muita graça.