domingo, 25 de junho de 2017

João Rosa de Castro - Zum


FECUNDAÇÃO


O meu sorriso alcançou
O que o germe evita.
O que mais sublimar,
Como ainda sublimar
Se já a arte não comporta
Os meus barcos,
Os meus laços,
Os meus passos sob a chuva?

O meu segredo incitou
O que o rosto condena.
Nessa antítese,
Nesse meio,
Nesse muro desenhado,
Acredito só nas sombras,
Que a ilusão dos corpos,
A noção de objetos,
Tiram de mim o mantra,
Tiram de mim o tempo,
Tiram de mim o deus.

O meu desejo escreveu
O que com os olhos se apaga.

João Rosa de Castro - Despedida - Encerramento do Blogue Lume d'Arena

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